quarta-feira, 18 de junho de 2008

Banco de jardim

Aqui

Sentada neste banco de jardim penso em como a vida pode ser vazia.
Vazia de pessoas, vazia de sentimentos, vazia de tudo e vazia de nada. Não há nada mais triste que ter uma existência vazia, de que serve ter tudo, de que serve ser tudo se no fundo no fundo não ter nada.
Podem ter constituido familia, mas esta ser apenas um traço na vida, mais um dos traços que fazemos porque, enfim, fica bem ter familia, ser responsável, mostrar o que não se é.
Mas porquê? Porque é tão importante mostrar, não será melhor ser. Eu não quero mostrar ser responsável, eu quero ser responsável, não quero mostrar ser amiga, eu quero ser amiga, não quero mostrar o que não sou, eu quero ser e mostrar aquilo que sou e de que muito me orgulho. Não tenho problemas de consciência, não tenho problemas que me tirem o sono, não tenho tristezas e tenho amigos, tenho uma vida que em nada é vazia.

Mas afinal quem sou? Mais uma pessoa que é o que é, mostra-se tal qual como é e nunca mas nunca faz traços na sua vida.
Tenho um vazio, o vazio do fica bem, o vazio do assim é que deve ser, a sociedade gosta assim. Não, a sociedade que goste do que lhe apetecer porque eu gosto de mim.