Catedral

O deserto
Que atravessei
Ninguém me viu passar
Estranha e só
Nem pude ver

Que o céu é maior
Tentei dizer
Mas vi você


Tão longe de chegar...
Mais perto de algum lugar.


É deserto
Onde eu te encontrei
Você me viu passar
Correndo e só,
Nem pude ver

Que o tempo é maior
Olhei pra mim...
Me vi assim

Tão perto de chegar
Onde você não está.

No silêncio uma Catedral
Um tempo em mim
Onde eu possa ser imortal,
Mas vai existir, Eu sei vai ter que existir,
Vai resistir nosso lugar

Solidão...
Quem pode evitar?
Te encontro enfim
Meu coração é secular
Sonha e desagua dentro de mim...

Amanhã devagar,
Me diz como voltar..

Se eu disser
Que foi por amor
Não vou mentir pra mim...
Se eu disser deixa pra depois
Não foi sempre assim...



Tentei dizer... Mas vi você...

Tão longe de chegar, Mas perto de algum lugar.



(Zélia Duncan)

Fico assim sem você...

Avião sem asa
Fogueira sem brasa
Sou eu, assim, sem você

Futebol sem bola
Piu-piu sem Frajola
Sou eu, assim, sem você...

Porque é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes
Vão poder falar por mim...

Amor sem beijinho
Buchecha sem Claudinho
Sou eu, assim, sem você

Circo sem palhaço
Namoro sem amasso
Sou eu, assim, sem você...

Tô louca pra te ver chegar
Tô louca pra te ter nas mãos
Deitar no teu abraço
Retomar o pedaço
Que falta no meu coração...

Eu não existo longe de você
E a solidão, é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo...

Por quê? Por quê?

Neném sem chupeta
Romeu sem Julieta
Sou eu, assim, sem você...

Carro sem estrada
Queijo sem goiabada
Sou eu, assim, sem você...

Porque é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes
Vão poder falar por mim...

Eu não existo longe de você
E a solidão, é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo...

(Adriana Calcanhotto)

Eu estou aqui

Tantas vezes me pergunto onde estou? Para onde vou? Qual a razão de eu estar aqui?
A razão prende-se de razões que a razão não tem. Não somos senhores absolutos das nossas vidas, podemos aproveitar o tempo que nos deixam brincar com ela.
Já pulei com a vida, já corri, já saltei, já me magoei e fui magoada, já senti frio, já tive calor até não conseguir respirar.
Já sofri por amor, ja fiz sofrer quem de mim gostou, já gostei de amar e já odiei gostar de alguém mas de todas as situações eu tirei uma lição, de todos os prazeres de todos os momentos guardados no meu peito só me mostram como é bom viver, como é bom estar aqui. Como é bom ouvir a tua voz dizer:

- Onde andas?? Andas nas couves? Eu estou aqui!!!!!!

Banco de jardim

Aqui

Sentada neste banco de jardim penso em como a vida pode ser vazia.
Vazia de pessoas, vazia de sentimentos, vazia de tudo e vazia de nada. Não há nada mais triste que ter uma existência vazia, de que serve ter tudo, de que serve ser tudo se no fundo no fundo não ter nada.

Podem ter constituido familia, mas esta ser apenas um traço na vida, mais um dos traços que fazemos porque, enfim, fica bem ter familia, ser responsável, mostrar o que não se é.

Mas porquê? Porque é tão importante mostrar, não será melhor ser. Eu não quero mostrar ser responsável, eu quero ser responsável, não quero mostrar ser amiga, eu quero ser amiga, não quero mostrar o que não sou, eu quero ser e mostrar aquilo que sou e de que muito me orgulho. Não tenho problemas de consciência, não tenho problemas que me tirem o sono, não tenho tristezas e tenho amigos, tenho uma vida que em nada é vazia.

Mas afinal quem sou? Mais uma pessoa que é o que é, mostra-se tal qual como é e nunca mas nunca faz traços na sua vida.

Tenho um vazio, o vazio do fica bem, o vazio do assim é que deve ser, a sociedade gosta assim. Não, a sociedade que goste do que lhe apetecer porque eu gosto de mim.

Primavera

Hum... Tão bom!!!! Eu quero :-)

Sonho

Queria ter:
O mundo pintado de mil cores,
Um lugar paradisíaco onde pudéssemos passear,
Só nós dois, num passeio sem fim.
Um mundo onde a futilidade não tivesse lugar,
As invejas fossem banidas e a ignorância inexistente.
Esse mundo teria uma terra fertilizada onde não seria necessário o adubo e onde a raiz do mal não passasse de um utopia.
Aqui divago, por entre os meus pensamentos mais escondidos, onde descubro que todos podemos coexistir, embora ninguém seja perfeito há alguns que abusam nas “zeradas”.
Tenho pena destas almas, que pensam ser felizes, que pensam ter tudo, mas enfim, o que têm é zero de tudo mas muito, muito de nada numa utópica superioridade.
Neste parco mundo, onde dia após dia me apercebo tristemente que as pessoas estão a ficar insanas no seu próprio interior.
Por tudo isto eu anseio cada dia mais pelo meu mundo pintado de mil cores!

Novamente... No Eternamente

Quase…. A incerteza de um quase foi tudo quanto bastou para que este Blog continuasse a lutar pelo seu lugar ao sol.
É certo que não tem tido muito a minha atenção, mas o que nasce e é criado com amor não se pode largar sem dor.
Ficou aqui, quieto à espera que novos ventos o trouxessem à luz da ribalta.

Confesso que foi difícil que os ventos me levassem a ficar, mas os ventos apareceram.
Tenho notado que todos os dias tenho leitores assíduos no “Eternamente” em busca de uma postagem nova, de um texto novo para ler, sim este é um Blog para quem aprecia um belo texto, uma bonita leitura quer seja de originais ou simplesmente textos partilhados.

A estes leitores eu quero agradecer o incentivo e dizer que este é um Blog aberto a todo o público em geral e portanto os leitores não se deixem ficar no anonimato e partilhem de seus pensamentos e ou criticas (sejam elas construtivas ou não) mas deiam o ar da sua graça.

Este Blog é uma obra de ficção, qualquer semelhança com a realidade poderá ser ou não, uma coincidência. Qui ça!!!!